Apostila de Homeopatia

3 de maio de 2011


(Arquivo gentilmente cedido por Eduardo Marins via e-mail)

Homeopatia (do grego ὅμοιος + πάθος transliterado hómoios- + páthos = "semelhante" + "doença") é um termo criado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) para designar um método terapêutico cujo princípio está baseado na similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Confunde-se-a com a fitoterapia, por conta dos produtos usados em suas formulações, embora ambas tenham corpo ideológico distinto.

De fato, o tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em pessoas saudáveis, quando expostas a quantidades maiores. A droga homeopática é preparada em um processo que consiste em diluição sucessiva da substância, sucussão e "dinamização" (ou "potencialização"), em uma série de passos.


Homeopatia não se acha pacificamente inserida como epecialidade médica em todos os países. Mesmo aqueles que lhe conferem alguma aceitação oferecem-lhe certas restrições, ou de natureza institucional (as comunidades científico-médicas, os conselhos médicos, as ordens médicas etc.) ou de cunho legal (as disposições normativas pertinentes na ordem jurídico-política de cada país). Consideram-se questionáveis, sob a ótica da metodologia científica vigente, tanto o princípio como as técnicas, que deveriam ser provados e aprovados segundo os cânones do método científico moderno. Em particular, citam-se: (1) os altos níveis de diluição (variando de acordo com o medicamento), que conduziriam a eventual ineficácia por inexistência de princípio ativo; (2) a falta de estudos acadêmico-científicos que comprovem a eficácia de tal método (sobretudo estudos de duplo-cego); e (3) o grande número de estudos científicos com resultados negativos — que geram bastante controvérsia sobre a validade da homeopatia.

Generalidades

Homeopatia é considerada uma filosofia (lato sensu) holística, vitalística, na medida em que interpreta as doenças e enfermidades como causadas pelo desequilíbrio ou distúrbio de uma hipotética energia espiritual ou força vital no organismo de quem as apresenta. Desse modo, ela vê tais distúrbios como manifestações em sintomas únicos e bem definidos. Sustenta que a força vital tem o poder de se adaptar a causas internas ou externas, o que os homeopatas chamam de "lei da suscetibilidade". Essa lei significa que um estado mental negativo pode atrair entidades hipotéticas chamadas "miasmas", as quais invadem o organismo e produzem os sintomas das doenças. Hahnemann, contudo, rejeitou a idéia de ser a doença "algo separado, uma entidade invasora" e insistiu em que ela é parte de um "todo vital".

0 comentários:

Postar um comentário

 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB